terça-feira, 25 de agosto de 2009

O incerto.

Postando novamente depois de um longo tempo, e sinceramente estou precisando, sabe escrever me faz bem, sei que não escrevo grandes coisas e nem tenho dom para a coisa, vide minhas notas na escola, mas é como se eu desabafasse com alguém que vai me ouvir e não vai me questionar, e muito menos me julgar por pensar certas infâmias e fazê-las vezes ou outras, e mesmo tendo espaço para comentários sinto-me assim escrevendo aqui.

Ontem foi aniversário da minha tia (parabéns Tia), e eu fui visitá-la, até o momento tudo normal e o que irei dizer não é tão anormal também, mas me fez pensar. Esta minha tia ela tem dois filhos que passam por grandes problemas, um perdeu sua massa cefálica em um acidente de ônibus e o outro tem ataques, ao meu ver ele é esquizofrênico e tem síndrome do pânico, e nunca foi cuidado. Neste momento você vai estar questionando a minha tia e sinceramente até eu fazia às vezes, mas não a culpo mais, uma mulher que não teve estudo e se casou criança com um carrasco para não passar fome não pode saber muito, não sabe.

Então fiquei pensando, olhando as fotos deles quando tinham apenas 16,18 anos. Minha idade. Tão bonitos, o típico jovem que todas olham, que as tímidas abaixam a cabeça e olham por cima esperando um retorno, que as mais atiradas riem mais alto e olham sem pestanejar. Os lisos cabelos com mechas mais claras, os olhos claros, tanta vida e tanta felicidade e lindas namoradas, belos protagonistas para qualquer filme de romance, pena que começaram a viver um drama, daqueles sem fim. Hoje a beleza existe, como pode haver beleza atrás das barbas mal feitas, da pele praticamente Albina, escondidos do sol, das pessoas, mas não há mais vida nem felicidade, as namoradas nem preciso dizer. Quem poderia imaginar isso, do homem fardado com roupa da marinha que iria casar-se, do irmão mais novo que estava preste a seguir os passos do irmão. Belos homens, bons homens. Ontem meu pai foi falar com o esquizofrênico, ele teve um ataque mais cedo e estava trancado em seu quarto, eu fui junto e do fundo do meu coração não sei como consegui segurar lágrimas diante do que acontecia, ali na minha frente, ele todo quietinho, ficou tão feliz só ao ver meu pai, como se fosse a melhor coisa da vida dele, ele correu abraçou meu pai e começou a relembrar sua vida, suas idas a Arraial do Cabo, as várias praias dais quais hoje está exilado. Como pode a vida ser assim, nada do que temos hoje é certo amanhã, não apenas material, tudo até mesmo nós mesmos. Hoje eles não tem mais 16,18 anos, tem 40,42 anos,se passou uma vida, onde sofreram e sofrem com as próprias pegadinhas e obstáculos da mesma.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Era uma vez Luiza...[2]

continuação...

Cronologia não tem muito a ver comigo, por isso quero lhe contar como foi a separação dos pais de Luiza
*. Marcos* e Rosa* não era um casal apaixonado, e isso nunca fora novidade para ninguém, a mãe de Luiza, quando jovem era muito bonita e engravidou cedo, sendo filha de pai rigoroso teve de se casar. Daí deduz-se muita coisa, jovens não sabem muito o que querem. Digo isso por experiência própria, sou jovem e sempre entro em dilemas, mas até poderia qualificar isso como atitudes dos Seres Humanos. O casamento deles sempre foi uma montanha Russa, mas apesar de extensa não era tão divertida, tinha mais baixos do que altos, os últimos anos então, foram insuportáveis.

Temos que enfatizar.
Jovens realmente têm uma mente que deve ser analisada de perto.

O método de criação do pai de Rosa para seus 6 filhos era um tanto rígido, era uma família precária, viviam no interior de São Paulo, Rosa, tenho que lhe afirmar é dona de uma determinação infinita, foi um dos grandes motivos para que seu casamento não tenha dado certo, não aceitava muitos palpites, muito menos que a contrariasse, tinha muito orgulho também, por isso 0decidiu trabalha, para ajudar no sustento de sua família, já que sua irmã mais velha trabalhava então ela também poderia, pensou, mas não obteve muito sucesso em suas tentativas, ninguém queria contratá-la, até que conheceu um rapaz, ele conversava bem, e se vestia bem, ofereceu um emprego que era perfeito, pois naquele momento depois de inúmeras tentativas frustrantes de conseguir um, era sim perfeito, mas não durou muito. Rosa saía da escola e tinha destino certo, para os pais ia para casa de amigas, mas Rosa ia para o centro de São Paulo, vender seu corpo. È Rosa começou a se prostituir, e na realidade apesar de eu citar aqui e ela mesmo auto-afirmar a todo o momento que este era o motivo, sua condição financeira apesar de precária, não se encaixava perfeitamente como um por quê, na verdade Rosa gostava de contrariar seu pai, foi assim com seu namoro, e foi assim com sua separação. Marcos a conheceu pelas ruas de São Paulo, na hora pensou em um pequeno programa mas com o tempo percebeu que a menina não nascera para ficar ali, e começaram a namorar, logo o seu emprego teve fim, assim como a historia, ninguém sabia, nem mesmo os pais de Rosa. Era o segredo do casal.

Luiza
esperava Felipe, ele sempre a buscava na escola, Luiza estava no seu ultimo ano, e Felipe era novato na faculdade, ele tinha outra qualidade que não citei, era um ótimo aluno, o que ajudou Luiza a não repetir no ano da separação de seus pais, que decidiram nunca mais se verem, Rosa ficou em São Paulo com sua filha, e Marcos foi para Minas Gerais, ficar mais perto de sua família.
Felipe estava dedicado a ajudar Luiza no vestibular, no caminho de casa, Felipe falou para Luiza: - Eu te amo, e quero que saiba que sempre estarei ao seu lado, você foi à pessoa mais importante que apareceu em minha vida, e não vou deixar que qualquer coisa mude o que construímos, pois construímos uma base muito forte e verdadeira.

Até eu que sou um tanto desacreditada no amor, me comovi com esta parte, afinal, todos nós até os mais pessimistas querem alguém ao seu lado, que diga no fundo dos seus olhos as palavras de Felipe, e ele tinha uma voz linda, mas era dono de palavras falsas. Iremos conhecer realmente o Felipe, mas antes quero dar um conselho a você, tenha cuidado com as palavras, muitas pessoas não tem noção de seus poderes e a usam sem ao menos saber a repercussão que podem causar, os sentimentos que podem nascer e pior os estragos que podem fazer, Felipe não sabia, e muitas pessoas não sabem, eu não sou perita no assunto e as vezes sofro com essas conseqüências, mas a historia não é minha, então vamos continuar... mas no próximo post, e eu prometo que será o ultimo, uma trilogia de posts.rs*


(*) Nomes Fictícios

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

This is life.

O ultimo livro que li me fez refletir muito, normalmente os livros mexem comigo, e fiquei pensando, como nós nos preocupamos com muitas coisas e simplesmente não dizemos ou fazemos outras pequenas coisas, esquecemos de dizer o quanto uma pessoa é especial, às vezes pelo simples fato de estarmos sempre com ela, e sem percebemos ela não estará mais aqui para ouvir, seus gritos ao vento ou seus pensamentos noturnos, o quanto você a ama.

As perdas á que estamos expostos a sofrer ao longo desta vida, não estão resumidas apenas na morte, neste ultimo dia 20, foi o dia do amigo, e eu fiquei pensando sobre muitos amigos que tiveram papel tão importante na minha vida e hoje, alguns por motivos desconhecidos, não estão mais aqui, chega a ser cômico como o tempo passa e aqueles “para sempre” viram um “ate logo”, às vezes nem isso.

È difícil entender a vida, e ficar pensando nisso e pior viver se lamentando não é o caminho mais apropriado, é difícil perder, e é incrível como temos facilidade de perder aquilo que mais nos é querido, pois deveria ser ao contrario, deveríamos dar mais atenção e mais proteção para o que nos é mais valioso, eu, por exemplo, tenho grandes problemas de expor o quanto muitas pessoas são importantes para mim, e talvez por isso tive grandes perdas, de qualquer forma, percebi que não tem como deletar tudo o que foi vivido, a vida segue, eu segui sem muitas risadas amigas, tantas vezes pensei que não viveria sem isso ou aquilo... E aqui estou, em perfeito estado de saúde e de espírito, aprendi que tenho que explorar mais meus momentos de tristeza, pois é muito fácil aproveitar as alegrias, é aí que irei me fortalecer.



PS. no próximo post eu termino o anterior.