Ouço o pulsar do meu coração, a respiração uniforme, mas logo mergulho, tão profundo que...
B U M
Um estrondo, perceptível, uníssono.
O silêncio se mantém, foi interno. Ao fundo consigo distinguir uma mulher, ela é elegante, anda lentamente e trás em seu rosto um esboço de um sorriso sarcástico, mas logo percebo um olhar triste. O que será que lhe atormenta?
Então, Para. Chora. Tento alcançá-la, mas não consigo, algo em contra-direção não me deixa, mas a mulher precisa de mim, o esforço é em vão, me cansa e assisto a sua dor, um público, a dor de uma desconhecida.
E logo percebo, então entristeço-me, como pode?
A mulher triste, a qual não consigo ajudar. Sou Eu.
Não me reconheço e não consigo me alcançar, mas percebo que sou a única que pode salva-la.
Salvar-me.